#5 Manejo Sustentável do Lugar
As formas de manejo do lugar são importantes componentes da sustentabilidade de um edifício.
1. Manejo do lugar
Conjunto de Estratégias construtívas que visam minimizar danos ambientais a longo prazo ao lote durante o processo de construção.
- Controlar a erosão durante a construção, estocando e protegendo o solo de escavação durante a obra para o reuso;
- Controlar o caminho e a velocidade do escoamento de águas pluviais;
- Proteger da erosão gerada pela construção os locais que recebem águas pluviais, tais como bueiros, córregos e lagoas;
- Providenciar valas para desviar as água pluviais de encostas;
- Se o solo numa zona inclinada (isto é, 25%, ou 4:1 declive) é perturbado durante a construção, utilizar algum método para manter o solo estabilizado;
- Deixar intacta pelo menos 40% da área do lote edificável, não incluindo a área debaixo do telhado;
- Desenvolver um plano de preservação de árvore ou planta com "zonas de nenhuma perturbação" claramente delineados em projeto e reabilitar o lote, desfazendo qualquer compactação do solo anterior e a remoção de plantas invasoras existentes;
2. Paisagismo
Incentiva-se o paisagismo regionalmente adequado, de baixa demanda de irrigação e sem a utilização de espécies invasoras.
As medidas para elaboração de projetos paisagisticos com atendimento a requisitos ambientalmente preferíveis vão desde a escolha de plantas tolerantes à seca até a não utilização de plantas que, se propagadas, podem causar um impacto ambiental negativo aos ecosistemas. Não considera plantas invasoras necessariamente aquelas do tipo exótico. Isso vai depender do potencial de disseminação da planta no ambiente natural, bem como, seu potencial de impacto. E estes crtérios podem variar de região para região.
3. Efeito de ilha de calor local
Desenvolver um projeto paisagístico com o objetivo de reduzir os efeitos de ilha de calor local.
- Implantar árvores para gerar sombreamento em ao menos 50% das paredes laterais, pátios e calçadas dentro de uma distãncia de 15 metros da edificação;
- Utilizar cores de tons claros, materias com alto coeficiente de reflexão ou vegetação em pelo menos 50% das paredes laterais, pátios e calçadas dentro de uma distãncia de 15 metros da edificação;
São exemplos de estratégias aceitáveis a utilização de qualquer material com indice de reflexão solar de no mínimo 29; pavimentação de concreto intertravado aberto (concregrama); concreto branco; concreto cinza.
4. Gestão da água de superfície
Recomenda-se o controle de escoamento de águas pluviais, especialmente oriundas do telhado.
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Projetar o Lote onde pelo menos 70% da área do entorno da edificação é permeável ou projetada para capturar as águas pluviais e fazer a infiltração no local;
5. Controle de pragas não tóxico
Através de técnicas construtivas mais adequadas promove-se o controle de pragas (por exemplo: cupins) sem a utilização de produtos tóxicos. Através do distanciamento ou isolamento dos elementos construtivos com conteúdo de madeira das fontes de umidade ou cupins.
6. Desenvolvimento compacto
São propostos níveis de densidade habitacional que são estabelecidos pela razão entre o número de casas construídas e a área residencial de implantação. Objetiva-se promover a conservação de terras, a eficiência de transportes, a habitabilidade comunitária e a acessibilidade.
Ressalta-se a importância do estabelecimento de índices urbanisticos – parte integrante de Leis de uso e oupação do solo – têm a faculdade de promover e regulamentar a produção de construções mais sustetáveis especialmente no que concerne a sua relação com o lote em que se insere. São potencialmente promotores de estratégias de sustentabilidade os seguintes índices:
- taxa de ocupação,
- índice de aproveitamento,
- taxa de permeabilidade
- recuos (lateais, frontal e de fundo)
Isto poque considera-se que estes dispositivos promovem, por exemplo, a minimização da área perturbada, a garantia da permeabilidade e o desenvolvimento compacto.